Conjunções são vocábulos que relacionam duas orações ou dois termos semelhantes da mesma oração. Quando não há dependência entre as orações, diz-se que as conjunções são coordenativas: relacionam termos ou orações de mesma função sintática.
Quando há dependência, ou seja, quando uma determina ou completa o sentido da outra, diz-se que elas são subordinativas.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
1. ADITIVAS
Servem para ligar dois termos ou duas orações de idêntica função. São conjunções aditivas: e, nem, mas também, mas ainda, senão também, como também, bem como.
Leonor voltou-se e desfaleceu.
2. ADVERSATIVAS
Ligam dois termos ou duas orações de igual função, acrescentando-lhes, porém, uma ideia de contraste, oposição. São conjunções adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, ao passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, apesar disso, em todo caso.
Apetece cantar, mas ninguém canta.
3. ALTERNATIVAS
Ligam dois termos ou orações de sentido distinto, indicando que, ao cumprir-se um fato, o outro não se cumpre. São conjunções alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer, etc.
Ora lia, ora fingia ler para impressionar aos demais passageiros.
4. CONCLUSIVAS
Servem para ligar à anterior uma oração que exprime conclusão. São conjunções conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), por isso.
Nas duas frases a experiência é a mesma. Na primeira não instrui, logo prejudica.
5. EXPLICATIVAS
Ligam duas orações, a segunda das quais justifica a ideia contida na primeira. São conjunções
explicativas: que, porque, porquanto, pois (anteposto ao verbo).
Dorme cá, pois quero mostrar-lhe as minhas fazendas.
OBSERVAÇÃO:
A conjunção e pode apresentar-se com sentido adversativo:
Sofrem duras privações e [= mas] não se queixam.
Tanto tenho aprendido e não sei nada.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
1. CAUSAIS
Introduzem orações que exprimem causa: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, já que, uma vez que, desde que, pois que, por isso que.
O tambor soa porque é oco.
Como as pernas trôpegas exigiam repouso, descia raro à cidade.
Como as pernas trôpegas exigiam repouso, descia raro à cidade.
2. COMPARATIVAS
Introduzem orações que representam o segundo elemento de uma comparação: como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, (tanto) quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo que), o mesmo que (=como), (maior) que ou do que, (menor) que ou do que, (melhor) que ou do que, (pior) que ou do que, bem como, como se.
Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas.
Mais do que as palavras, falavam os fatos.
Mais do que as palavras, falavam os fatos.
3. CONCESSIVAS
Iniciam orações que exprimem um fato que se concede, que se admite, em oposição a outro: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que , ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (=embora não), bem que.
Beba, nem que seja um pouco.
Nem que a matassem, confessava.
Nem que a matassem, confessava.
4. CONDICIONAIS
Iniciam orações que exprimem condição ou hipótese: se, caso, contatnto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser que, a menos que, dado que.
Comprarei o quadro, desde que não seja caro.
- A entrevista ficou marcada para as quatro da tarde, caso você não prefira ir à noite.
- A entrevista ficou marcada para as quatro da tarde, caso você não prefira ir à noite.
5. CONFORMATIVAS
Indicam conformidade de um fato com outro: como, conforme, segundo, consoante.
As coisas não são como (ou conforme) dizem.Cada um tinha razão levando a vida consoante a criação da sua alma.
6. CONSECUTIVAS
Iniciam orações que exprimem consequência: que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que, sem que, que (não).
Não podem ver um cachorro na rua sem que o persigam.
Foi tão rápida a saída que jandira achou graça.
Foi tão rápida a saída que jandira achou graça.
7. FINAIS
Iniciam orações que exprimem finalidade: para que, a fim de que, que (= para que), porque.
Falei-lhe com bons termos, a fim de que não se afendesse.Não bastava a sua boa vontade para que tudo se arranjasse.
8. PROPORCIONAIS
Iniciam orações que exprimem proporcionalidade: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais...(tanto mais), quanto mais...(tanto menos), quanto menos...(tanto mais), quanto mais...(mais), (tanto)...quanto, enquanto, quanto mais...(menos), quanto menos...(mais).
Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vão tendo.
À medida que avançavam, iam penetrando no coração da trovoada.
À medida que avançavam, iam penetrando no coração da trovoada.
9. TEMPORAIS
Introduzem orações que exprimem tempo: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre que, assim que, desde que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que, antes que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, que (desde que).
Desde que o mundo existe, sempre houve guerras.
Sempre que posso, vou onde as recordações me chamam.
Sempre que posso, vou onde as recordações me chamam.
10. INTEGRANTES
Introduzem orações que funcionam como substantivos: que, se.
Pedi-lhe que me desculpasse. (Pedi-lhe desculpas)Não sei, sequer, se me viste, não vou jurar que me vias..
Questões que tratam deste assunto:
Questão 12 da prova do CESPE - BANCO DO AMAZONAS SA (2010)
Questão 4 da prova da FCC - TRT-MG (NÍVEL SUPERIOR 2009)
Questão 13 da prova da FCC - TRT-RS (TEC.JUD.2011)
Questão 11 da prova do CESPE - INMETRO (NÍVEL SUPERIOR 2009)
Questão 33 e 39 da prova da AOCP - PREF. CAMAÇARI - BA (NÍVEL SUPERIOR - 2010)
Questão 4 e 6 da prova da FCC - TRT-SE (TEC.2010)
Questão 4 da prova da FCC - TRT/MA (TEC.JUD.2009)
Questão 68 da prova da ESAF - ATA-MF/2009
Questão 32 da prova da AOCP - DESENBAHIA (2009)
Questão 4 da prova da CONSULTEC - PGE/BA (2008)
Questão 13 e 17 da prova do CESPE - IBAMA (SUPERIOR 2009)
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