Vícios de linguagem é o nome genérico de qualquer desvio da norma gramatical. São eles:
BARBARISMO - É desvio na grafia, na pronúncia ou na flexão de uma palavra. Divide-se em:
1. Cacografia - é a má grafia ou má flexão de uma palavra:
flexa - em vez de flecha
deteu - em vez de deteve
2. Cacoépia - é o erro de pronúncia:
marvado - em vez de malvado
3. Silabada - é o erro de pronúncia quanto à acentuação tônica das palavras:
púdico - em vez de pudico
rúbrica - em vez de rubrica
ATENÇÃO!! Prosódia é a parte da gramática que estuda a correta pronúncia das palavras quanto à sua acentuação tônica.
Obs: Também é considerado barbarismo o emprego desnecessário de palavras estrangeiras na língua, quando elas já foram aportuguesadas:
Garage - em vez de garagem.
SOLECISMO - é qualquer erro de sintaxe. Pode ser:
1. de concordância:
Haviam muitos erros - em vez de Havia muitos erros.
2. de regência:
Assistimos o filme - em vez de Assistimos ao filme.
3. de colocação:
Escreverei-te logo - em vez de Escrever-te-ei logo.
AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA - é o duplo sentido que ocorre em função da má construção da frase:
Carlos disse ao colega que seu irmão morreu. (irmão de quem?)
CACOFONIA - som estranho, ridículo, que surge da união de sílabas diferentes, pela proximidade de duas palavras:
Ela tinha dezoito anos. (latinha)
Quando o som é indelicado, recebe o nome especial de cacófato:
Ele nunca ganha.
Obs: O eco, repetição de uma vogal formando rima, pode ser considerado um
tipo de cacofonia:
O irmão do alemão prendeu a mão no fogão.
PLEONASMO VICIOSO OU REDUNDÂNCIA - é a repetição desnecessária de uma ideia:
Descer para baixo.
Subir para cima.
Os policiais entraram dentro da casa.
NEOLOGISMO (palavra nova) - é o emprego de palavras que não passaram ainda para o corpo do idioma:
Joaquina “ta embuchada” de três meses. (grávida)
Você também pode se interessar pelo novo acordo ortográfico.
3 comentários:
O Pleonasmo é aceito e legalizado entre os imortais e escritores. Justifica-se que dá ênfase ao texto. Não concordo com isto. Eles deveriam servir de modelo e não usar recursos que na nossa língua é colocado como erro.
JACI;
O pleonasmo só se justifica para dar maior relevo, para emprestar maior vigor a um pensamento ou sentimento. Quando nada acrescenta à força da expressão, quando resulta apenas da ignorância do sentido exato dos termos empregados, ou de negligência, é uma falta grosseira: PLEONASMO VICIOSO. Veja a diferença:
PLEONASMO: Sai lá para fora, João.
PLEONASMO VICIOSO: Ter o monopólio exclusivo.
Alguém já imaginou a brilhante composição "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, sem os versos: "meu Brasil brasileiro" e "esse coqueiro que dá coco"? Pois é, essa licença poética serve para enfatizar tais ideias e, somente nesse contexto, é aceita, mas não deixa de ser pleonasmo. Espero ter contribuído. Abraços.
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