PORTUGUÊS NA VEIA: março 2008

domingo, 30 de março de 2008

ORTOÉPIA E PROSÓDIA

Ortoépia é a parte da gramática que estuda a correta pronúncia das palavras no ato da fala.
(Orthos do grego, correto + hepós, fala)

A ortoépia preceitua a perfeita emissão das vogais e grupos vocálicos, a articulação correta e nítida dos fonemas consonantais e a correta ligação das palavras na frase. Portanto, pronuncie:

Feixe, roubo, caranguejo, mulher e não: fêxe, róbo, carangueijo, mulhé

Prosódia é a parte da gramática que estuda a correta pronúncia das palavras quanto à sua acentuação tônica. Há um sem-número de vocábulos que pessoas menos familiarizadas com a norma culta proferem mal, deslocando-lhe o acento prosódico, cometendo silabadas. Exemplo de alguns desses vocábulos:

São oxítonas: cateter, mister (necessidade), condor
São paroxítonas: recorde, pudico (cheio de pudores), gratuito
São proparoxítonas: elétrodo, aeródromo, édito (ordem judicial)

Há ainda palavras com dupla prosódia e palavras com significados diversos conforme o deslocamento do acento prosódico.

Algumas palavras com dupla prosódia:
Acrobata ou acróbata
Autópsia ou autopsia
Xérox ou xerox
Oceania ou Oceânia
Projétil ou projetil
Conforme deslocamento do acento prosódico:
Cupido: Deus do amor
Cúpido: ávido, ambicioso

Fervido: particípio de ferver
Férvido: quente, apaixonado

Valido: particípio de valer
Válido: que tem valor

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Resposta da enquete

Vamos à correção da enquete:

Os alunos que sentam na frente da sala são mais bem comportados. (bem-comportados tem hífen)

63 (11%)

Onde você vai com essa tosse? (Quem vai, vai a algum lugar, portanto: Aonde você vai...)

51 (8%)

Ela só usa minissaia quando vai à praia. (Resposta certa. Minissaia escreve-se junto e com "ss". Além disso, a crase é obrigatória porque o verbo ir pede preposição "a" e praia é substantivo feminino singular e pede artigo definido feminino "a").

315 (55%)

A fruta que mais gosto é maçã. (Quem gosta, gosta de, portanto: A fruta de que mais gosto...)

Parabéns a quem marcou a terceira alternativa. Aos que marcaram outras alternativas, fica o aprendizado. Melhor errar aqui e acertar na hora da prova.

Imperativo afirmativo

O verbo da frase "Dize não às drogas" está no imperativo afirmativo que deve ser conjugado como em http://portuguesnapratica.blogspot.com/2009/10/fcc-trtce-analista2009.html, questão 20. Assim, conseguimos detectar qual é a pessoa do sujeito. No caso da enquete, "dize" é segunda pessoa do singular, portanto "Dize (tu) não às drogas".
Acertou a enquete quem marcou "Oculto (tu)" - 47% dos votos.
42% disseram, absurdamente, que o sujeito é indeterminado porque a frase não pode ser construída.

Regência do verbo dizer.

O verbo dizer é transitivo direto e indireto com preposição a. Quem diz, diz alguma coisa a alguém. Assim, vamos analisar as alternativas:
1) Diga não as drogas. Frase errada. O correto seria: Diga não às drogas. A crase aqui é pedida pela junção da preposição a da regência do verbo dizer + o artigo feminino plural as do substantivo drogas.
2) Diga não a beber e dirigir. Frase correta porque o verbo dizer pede a preposição a, mas o verbo beber não pede artigo feminino, portanto sem crase.
3) Diga não ao fumo. Frase correta. O verbo dizer pede a preposição a e o substantivo fumo pede artigo masculino singular.
4) Diga não a perseguições. Frase correta. Aqui só existe a presença da preposição pedida pelo verbo dizer. Neste caso, como o substantivo perseguições está no plural, pode-se omitir o artigo sem prejuízo, mas se o artigo for colocado, a crase deverá aparecer: Diga não às perseguições.

Assim, 46% acertaram a enquete.

Classificação das palavras quanto à acentuação tônica

As palavras com mais de uma sílaba classificam-se em:

Oxítonas - o acento prosódico localiza-se na última sílaba.
Ex: Ca-fé, Ru-im

Paroxítonas - o acento prosódico localiza-se na penúltima sílaba.
Ex: O-ce-a-ni-a, Bí-ceps

Proparoxítonas - o acento prosódico localiza-se na antepenúltima sílaba.
Ex: Mé-di-co, Pró-xi-mo

ATENÇÃO!! As palavras com apenas uma sílaba podem ser monossílabas tônicas ou átonas:

Tônicas - têm autonomia fonética, sendo proferidas fortemente na frase.
Ex: Pá, Pé, Sol

Átonas - não têm autonomia fonética e são proferidas fracamente na frase.
Ex: que, de

Portanto, acertou a enquete quem respondeu RUIM (oxítona, 33% dos votos). Deus e pá são monossílabos tônicos e oceania é paroxítona.

Veja uma questão que trata deste assunto:

Questão 45 da prova da AOCP - PREF. CAMAÇARI - BA (NÍVEL SUPERIOR - 2010)

GRAU SUPERLATIVO ABSOLUTO SINTÉTICO DO ADJETIVO

Ninguém tem dúvida que o grau superlativo absoluto sintético de cruel é crudelíssimo e de sábio é sapientíssimo, mas este é um assunto controverso, pois tivemos outras duas opções, sério e magro, que disputaram a opinião dos internautas. O sufixo -érrimo é restrito aos adjetivos terminados em r no latim, por isso que o superlativo de magro (macer em latim) é macérrimo. O VOLP, que é o vocabulário a que devemos recorrer nas dúvidas, ainda admite a opção magérrimo. A NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO (Celso Cunha) ainda fala em magríssimo que o VOLP não adota e segundo a NOVÍSSIMA GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA (Domingos Paschoal Cegalla) é uma forma popular. Já a palavra sério, segundo o VOLP, tem o seu superlativo em seriíssimo apenas, mas Cegalla diz que, na língua atual, prefere-se a forma seríssimo que o VOLP não adota. Portanto, a resposta certa foi a segunda (seríssimo, com 40% dos votos). Na dúvida, consulte o VOLP (http://www.academia.org.br/).

Pronome relativo

O pronome relativo refere-se a um nome que o antecede. São pronomes relativos: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quantos, quantas, que, quem e onde. Para se saber se o quê é um pronome relativo, basta trocá-lo por "o qual" e flexões. Portanto, acertou a enquete quem votou na primeira opção (100% dos votos): O jogador que (o qual) for o artilheiro ganhará a bola de ouro. O quê refere-se a jogador.
No exemplo: "Quero ver do alto o horizonte, que foge sempre de mim", o quê é um pronome relativo e refere-se a horizonte. Como o pronome substitui um nome, podemos dizer: O horizonte foge de mim. Assim, pode-se afirmar que o "que" é sujeito de foge.

O "se" como conjunção integrante

O "se" é conjunção subordinativa integrante quando inicia oração subordinada substantiva. Um método prático para identificá-lo é trocá-lo pelo pronome ISSO. Se o pronome se encaixar na frase, o "se" será conjunção integrante. Portanto, acertou a enquete quem votou na terceira opção (50% dos votos): Veja se ele chegou (Veja ISSO). Nas outras alternativas temos:
Deixou-se ficar na poltrona (pronome reflexivo)
Se eu soubesse, responderia a enquete (conjunção subordinativa condicional)
Ele queixou-se da prova (Parte integrante do verbo - verbo pronominal)

PONTO DE ARTICULAÇÃO DAS CONSOANTES

As consoantes são classificadas em função de quatro critérios, de base essencialmente articulatória. São eles:

Quanto ao modo de articulação
Quanto ao ponto de articulação
Quanto ao papel das cordas vocais
Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal

As consoantes não encontram a passagem livre do ar, na hora da sua pronúncia, através da cavidade bucal. Sempre encontram ou um obstáculo total momentâneo, ou um obstáculo parcial. No primeiro caso, as consoantes dizem-se OCLUSIVAS; no segundo, CONSTRITIVAS. Esses são os dois modos de articulação. Mas em que ponto existe a interrupção total ou parcial do ar? O ponto de articulação ou zona de articulação pode produzir-se em diversos lugares da cavidade bucal. Quanto a este ponto, as consoantes se classificam em:

BILABIAIS - Formadas pelo contato dos lábios. Ex: /p/, /b/, /m/ - pato, balde, mato.

LABIODENTAIS - Formadas entre o lábio inferior e os dentes incisivos superiores.
Ex: /f/, /v/ - faca, vaca.

LIGUODENTAIS - Formadas pela aproximação do pré-dorso da língua à face interna dos dentes incisivos superiores. Ex: /s/, /z/, /t/, /d/ - cinco, zinco, talco, dado.

ALVEOLARES - Formadas pelo contato da ponta da língua com os alvéolos dos dentes incisivos superiores. Ex: /n/, /l/, /r/ - nada, cala, cara, carro.

PALATAIS - Formadas pelo dorso da língua com o palato duro ou céu da boca.
Ex: /x/, /j/, lh, nh. Ex: acho, ajo, alho, anho.

VELARES - Formadas pela parte posterior da língua com o palato mole ou véu palatino. Ex: /k/, /g/, /R/.
Ex: calo, galo, ralo.

Sendo assim, acertou a enquete quem marcou a segunda opção, LABIODENTAIS (38% dos votos). Aqui, a intenção não é falar sobre todos os critérios e, sim, responder a enquete.

Para a resposta a esta enquete foi seguida a linha da NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO de Celso Cunha, pois existem pequenas divergências (/s/, /z/, /R/) entre gramáticos no que diz respeito a este tópico.

Uso dos porquês

Por que (separado, sem acento) é utilizado quando se trata de duas palavras: preposição por e pronome que. O pronome pode ser:
Relativo: Só eu sei as esquinas por que passei
Interrogativo: Por que você está chorando? (Por qual motivo?)

Por quê (separado, com acento) é utilizado quando também se trata de duas palavras, mas no final de frase ou pausa forte:
Você sempre desconfiou de mim, por quê?

Porque (junto, sem acento) é uma conjunção, que liga orações:
Eu canto porque o instante existe.

Porquê (junto, com acento) é substantivo que sempre aparece antecedido de um determinante:
Desconheço o porquê de sua recusa.

Desta forma, acertou a enquete quem marcou a primeira opção (25% dos votos): só eu sei as esquinas por que passei.

Veja uma questão que trata deste assunto:

Questão 9 da prova do CESGRANRIO - PETROBRAS SUPERIOR (2012)

Plural dos substantivos compostos

Os dois elementos vão para o plural quando ocorrer:

a) substantivo+substantivo
redatores-chefes

b) substantivo+adjetivo
amores-perfeitos

c) adjetivo+substantivo
más-línguas

d) numeral+substantivo
segundas-feiras

Varia apenas o segundo elemento quando houver:

a) elementos unidos sem hífen
os pontapés

b) verbo+substantivo
os guarda-chuvas

c) elemento invariável+palavra variável
os alto-falantes

d) palavras repetidas
os reco-recos

Varia apenas o primeiro elemento:

a) quando existir substantivo+preposição+substantivo
as mulas-sem-cabeça

b) quando o segundo elemento limita ou determina o primeiro
os pombos-correio (A tendência moderna é pluralizar os dois elementos)

Os dois elementos ficam invariáveis quando existir:

a) verbo+advérbio
os bota-fora

b) verbo+substantivo plural
os saca-rolhas

Alguns casos especiais
os bem-te-vis, os fora-da-lei, os ponto-e-vírgulas, os sem-terra, os micos-leões-dourados.

Assim, acertou a enquete quem votou na segunda opção: as mulas-sem-cabeça (50% dos votos).

Substantivos uniformes quanto ao gênero

São substantivos que não variam para designar o sexo. Eles têm a seguinte classificação:

Epicenos (desinativos de animais) - Diferenciam o sexo com as palavras macho e fêmea.
o jacaré (macho)
o jacaré (fêmea)

Sobrecomuns (designativos de pessoas) - Usa-se um só artigo e palavra para designar homem e mulher.
a criança (pode se referir a menino ou menina)

Comum de dois gêneros (designativos de pessoas) - Usa-se um substantivo e diferencia-se o homem da mulher pela presença do artigo.
o colega (masculino)
a colega (feminino)

Dito isso, acertou a enquete quem marcou criança (55% dos votos).

isar ou izar?

Usa-se isar quando os radicais dos nomes correspondentes terminam com S. Se o radical não tiver S, grafa-se o verbo com izar. Assim:

análise – analisar (AR é a terminação do verbo, 1ª conjugação)
paralisia – paralisar
catálise – catalisar
catequese – catequizar (aqui, IZAR é sufixo)

Observe, no último exemplo, que o s não faz parte do radical. Se ele fizesse parte, o verbo teria que ser “catequesar”. Com isso, a resposta da enquete é “catequisar” (62% dos votos). Nas outras alternativas, como mostrado acima, os radicais dos nomes correspondentes terminam em S e seus verbos são grafados também com a mesma letra.

Ditongo

É o encontro de uma vogal com uma semivogal na mesma sílaba ou vice-versa. A vogal e a semivogal são fonemas, e não, letras. A diferença é que as vogais são fonemas sonoros (a, é, ê, i, ó, ô, u) que têm passagem livre pela boca e as semivogais são os fonemas /i/ e /u/ átonos que se unem à vogal fomando uma só sílaba. Portanto, escute o som e verá que a resposta da enquete é amam (ãmãu) com 22% dos votos. Observe que as outras não têm ditongo: quilo (kilo), Uruguai (tritongo – semivogal + vogal + semivogal), saúde (hiato – vogais juntas em sílabas diferentes: sa-ú-de).

Questões que tratam deste assunto:

Questão 25 da prova da AOCP - PRODEB (SUPERIOR 2008)

Dígrafo

Quando duas letras formam um só fonema, temos o dígrafo. Assim, em uma palavra, se escrevemos duas letras e só percebemos um som, isto é um dígrafo. Portanto, a enquete sobre dígrafo tinha 2 respostas: Antigo (37% dos votos) e escândalo (18% dos votos), porque pronunciamos /ãtigo/ e /escãdalo/. Em escândalo, existe o dígrafo, mas não é por causa do sc, e sim, do ân (ã). Nas outras alternativas, (pedra e tórax) temos encontros consonantais. A pergunta que fica é: quem marcou escândalo, marcou por quê? :)

Veja uma questão que trata deste assunto:

Questão 47 da prova da AOCP - PREF. CAMAÇARI - BA (NÍVEL SUPERIOR - 2010)

Encontro Consonantal

Encontro Consonantal não é a junção de duas consoantes na mesma palavra. É, sim, a junção de fonemas consonânticos na mesma palavra. Não é pela consoante que se escreve. É pela que se fala. Portanto, a resposta da enquete (28% dos votos) que foi exibida neste blog é TÁXI. Por que não é chuva? Primeiro, ao se pronunciar táxi, falamos /tacsi/. Segundo, ao se pronunciar chuva, falamos /xuva/. Observe que no primeiro caso ouvimos o C e o S. No segundo, só ouvimos o X.

Veja uma questão que trata deste assunto:

Questão 48 da prova da AOCP - PREF. CAMAÇARI - BA (NÍVEL SUPERIOR - 2010)

Questão 26 da prova da AOCP - PRODEB (SUPERIOR 2008)

Frases erradas na mídia

Frase VII

Na entrada de um condomínio, encontrei uma placa que dizia: "Tudo que você sempre sonhou". Aqui, a regência do verbo sonhar foi empregada incorretamente, pois quem sonha, sonha com alguma coisa. Se colocarmos a frase na ordem direta, perceberemos a regência correta deste verbo: Você sempre sonhou com tudo. Portanto, a frase deveria estar escrita assim: Tudo com que você sempre sonhou.

Frase VI

Numa placa de trânsito, havia a seguinte frase: "Matenha-se a direita". O termo destacado refere-se a uma locução adverbial feminina e deve vir com crase: Matenha-se à direita. Outros exemplos: Saiu às pressas, Foi levado à força.

Frase V

Numa placa de determinada cidade está escrito: Acesso a Base Aérea. A palavra acesso rege a preposição a (regência nominal) e a palavra base é feminina e aceita o artigo a (a+a=à), portanto a frase certa deve ser: Acesso à Base Aérea.

Frase IV

Nesta frase, iremos omitir o nome do estado para tentar preservar o estabelecimento que a divulgou. A frase é: Bem vindo ao maior shopping de automóveis do estado.
Nela, a palavra bem faz a função de prefixo e deve ser escrita sempre com hífen antes de outras que têm vida autônoma e quando a pronuncia o exigir. Assim, escreva:
bem-vindo
bem-amado
bem-nascido
bem-feito
bem-aventurado (para não se ler bem-maventurado)

Frase III

A frase é: É proibido a entrada de vendedores ambulantes. Esta frase está errada porque o sujeito (a entrada) vem determinado pelo artigo feminino a, e o seu predicativo deve concordar com ele. Sendo assim, o certo seria dizer: É proibida a entrada de vendedores ambulantes. Se a frase não vier determinada pelo artigo, a concordância se faz com o fato que se tem em mente, ou seja, o predicativo fica no masculino: É proibido entrada de vendedores ambulantes.

Frase II

Neste tópico, pouparemos o nome do jornal e o estado a que ele se referiu. Chamaremos o jornal de "FURACÃO" e o estado de "CALIFÓRNIA".
A frase é: FURACÃO, o jornal de toda CALIFÓRNIA.

Bem, considerando que o estado é único, o certo seria dizer: FURACÃO, o jornal de toda A CALIFÓRNIA.
A presença do artigo, depois do pronome indefinido TODA, dá a idéia de INTEIRO, ou seja, A CALIFÓRNIA INTEIRA.
Sem o artigo, a idéia seria de QUALQUER, CADA, mas como o estado é único, não cabe dizer a frase sem ele.

Frase I

A frase "Me apaixonei pela varanda." está incorreta, pois não se usa próclise em início de frase.
Agora, caso haja, por exemplo, advérbio anteposto ao verbo, a próclise será obrigatória.

Não me apaixonei pela varanda.

Portanto, na frase, o certo seria: Apaixonei-me pela varanda.

PRÓCLISE: Colocação dos pronomes pessoais oblíquos átonos antes do verbo (http://portuguesnaveia.blogspot.com/2008/07/colocao-pronominal.html).